Foto: Rafael Ribeiro/CBF/Direitos Reservados
A noite fria desta terça-feira (10) em São Paulo não esmoreceu o ânimo do torcedor. Jogando na Neo Química Arena, no dia do aniversário de Carlo Ancelotti (66 anos), o Brasil fez à lição de casa e derrotou o Paraguai, por 1 a 0. O gol foi marcado por Vini Júnior, aos 44 minutos do primeiro tempo. Foi a primeira vitória do técnico Italiano comandando a seleção canarinho, em sua segunda partida. Com a derrota da Venezuela para o Uruguai em Montevidéu, por 2 a 0, o Brasil carimbou sua vaga à Copa do Mundo de 2026.
Mantendo a escrita, nossa seleção é a única a estar presente em todas às Copas. Ano que vem, pela primeira vez, em três países (Canadá, México e Estados Unidos). O que precisamos refletir: como nosso escrete chegará lá? O recorte dessas Eliminatórias "escancarou" a fragilidade do futebol na América do Sul. Com exceção da Argentina, atual campeã do mundo e Colômbia, que vem apresentado a cada jogo um futebol de alto nível competitivo, as outras seleções (incluindo, obviamente o Brasil) não empolgam. Uma falta abissal de criatividade. Especificamente nossa seleção não consegue "engrenar". O trabalho de Ancelotti está apenas no começo e a Copa é exatamente daqui a um ano. Até lá, será necessário dar uma "cara" ao Brasil, mesmo ele falando que não gosta muito de padronizar seu estilo de jogo. Mas temos que entender que ele é o técnico mais vitorioso do futebol. Ele tem a chamada estrela. Mas não basta apenas isso. O Brasil precisa ser convincente. O Brasil precisa voltar a ser Brasil. Ainda somos os maiores campeões, em âmbito de Copas. Nas últimas duas Copas, o Brasil foi eliminado nas quartas de final, mas sobrou nas Eliminatórias, no comando de Tite. Aqui pesa-se o fato da ausência de Neymar. Mas até quando falaremos em Neymar? Tecnicamente, ele é superior aos demais. Mas, fisicamente, não. Há tempos "derrapa" com uma série de lesões. Copa do Mundo é estar 100% e em todos os sentidos, seja fisicamente, seja mentalmente. Em suma, me preocupo deveras no que tange a evolução dentro de campo. Ancelotti é extremamente competente. No entanto, é preciso uma mudança drástica de postura. E quando me refiro a postura, é essencialmente ver um Brasil com "cara de vencedor". Voltar a jogar com imposição e deixar atônitos seus adversários. Ora, somos o Brasil.
Parabéns em dobro para Carlo Ancelotti. Fez aniversário e ganhou de presente a classificação para a Copa. Que venha 2026.
Por Alexandre Cardillo.